terça-feira, 18 de maio de 2010

O Poder da Verdadeira Profecia - lição 8

INTRODUÇÃO

"E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos" - Mt 24.11

O livro de Jeremias retrata, mostra uma realidade cruel em  Israel: a desgraça, a praga dos pseudo-profetas [falsos profetas]. E nesta lição Jeremias profetiza contra esses pseudo-profetas, mais diretamente contra Hananias, que advogava em causa própria. Eles eram populares, gozavam de boa reputação, social e politica, contudo, profetizavam falsamente, eram pedras de tropeço, porque alimentava a fome dos ouvidos de todos, i.é., profetizavam as palavras que queriam ouvir, palavras de homem e não de Deus. Tudo isso por um preço mortal.

O cap. 28 de Jeremias é o texto base à lição, convém estudá-lo e extrair dele o máximo possível de ensino. Outras passagens sobre falsos profetas em Jeremias devem ser consideradas.

É importante destacar nesta lição: 1. A função do profeta, conforme preceitua a Bíblia; 2. Que pseudo-profetas [falsos profetas] existiram, existem e existirão, se opondo aos verdadeiros profetas; 3. Que esses pseudo-profetas enganarão até aos escolhidos [Mt 24.5, 11].

I. O QUE É O PROFETA – Leituras sugeridas: At 21.9; Jr 1.5; Dt 13.1-5; 1Co 12.20; 14.29; 1Jo 4.1

Antes de definir, apontar o que formata um verdadeiro profeta, falemos primeiro o que seria um pseudo-profeta: sem escrupulo, santarrão, atrevidos, geralmente acham erros nos pastores, produzem apostasia, não apascentam as ovelhas, são profetas auto-vocacionados, auto-chamados e auto-consagrados. São uma desgraça, uma praga, sempre com suas profecias azedas e frias, despropositadas. Tem ares de santos, mais não se submetem a nenhum pastor, conquanto, ainda lança a igreja contra pastores ou o contrário. Eu os comparo a furacões, porque onde passam deixam um rastro de destruição, de desgraça, infrernal.

1. Definição - Porta-voz do Eterno. Pessoa, seja homem ou mulher [At 21.9-10], devidamente vocacionada e autorizada a falar por Deus. Etimologicamente o vocábulo profeta diz “aquele que fala em lugar de outrem”.

2. A função do profeta - Sua função consistiu e consiste em falar as palavras de Deus, palavras que realmente sejam do Altíssimo e expressam a sua vontade plena, revelando algo que somente Deus sabe ou ainda algo que contranja os filhos à obediência [Jr 1.5].

3. A prova de autenticidade do profeta – Predito alguma palavra em nome de Deus, e, se cumprindo na integra, não subtraindo dela nada e/ou acrescendo nada à Palavra já dita [a Bíblia Sagrada], então se prova o profeta ser de Deus, autentico [Dt 13.1-5]. Inclusive, comprovado que a profecia era falsa, o castigo era a morte [Dt 13.5]. Compensa ler Dt 18.22 e 28.9.

II. O FALSO PROFETA HANANIAS ENTRA EM CENA - Leituras sugeridas: Jr 28.15-17; Dt 18.22; Ez 2.4,5; Ap 2.20; Ap 2.14

1. Quem era Hananias - Nome que em hebraico equivale a "Jeová deu" [Jr 28.1, 9-10]. A Bíblia não diz muito pouco dele. Teologicamente, Hananias era o profeta que tinha forma, mais não tinha conteúdo. Verbalização brilhante, discurso e vestuário de profeta. Mais: alimentava a fome dos ouvidos de seus ouvintes e aceclas. Pregava somente a paz em meio a apostasia letárgica. Contudo, hananias era pseudo-profeta [Jr 28.2-4, 8-9, 15-17]. O verso 15 resume tudo sobre Hananias.

2. As palavras de Hananias - Mentiu ao profetizar em nome de Deus [Jr 28.2]: “Assim fala o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel...”. Deu falsa profecia ao dizer: “passados dois anos completos, eu tornarei a trazer a este lugar todos os vasos da casa do Senhor...” [Jr 28.3]. Também nunca se cumpriu suas falsas profecias em Jr 28.4: “Também a Jeconias, filho de Joaquim, rei de Judá, e a todos os do cativeiro de Judá, que entraram em Babilónia, eu tornarei a trazer a este lugar...”. Nos versos 9 e 10 Hananias falha outra vez ao profetizar: “quebrarei o jugo de Nabucodonosor, rei de Babilónia, depois de passados dois anos completos, de sobre o pescoço de todas as nações...”.

Hananias era o que nós dizemos ser “politicamente correto”, agradou ao rei e ao povo, dizendo exatamente o que todos queriam e não a verdade de Deus.

O verso 15 é fatal, diz tudo sobre o caráter da profecia de Hananias e os versos 16 e 17 confirmam o juízo, especialmente sobre a confirmação de Dt 18.22.

3. O castigo de Hananias - Diz a Bíblia que o que planta colhe [Gl 6.7] e que a confirmação da profecia, e.g., verdade ou mentira, humama ou divina [Dt 18.22] é o que afere, mede, aquilata o verdadeiro ou o pseudo-profeta. No caso de hananias, Jr 28.15-17 é a punição pelas mentiras e insubordinação, tantiva de enganar a Deus e engano ao povo. Foi punido com morte pelos seus atos. Hoje, falta conhecimento e temor de Deus, pois ainda temos falsos profetas.

III. CUIDADO COM OS FALSOS PROFETAS – Leituras sugeridas: Mt 7.15-17; 24.11

Durante o seu ministério Jesus Cristo não enfrentou falsos profetas, contudo, deixou o alerta de que eles viriam [Mt 24.11]. O verdadeiro profeta era chamado por Deus, defendia apregoava, vivia e defendia os padrões de Deus junto ao povo. Profetizavam fatos futuros, em advertência a atos do presente [Jr 16.17]. Logo, temos que o pseudo-profeta não se paltava nesses termos. O que observar num profeta:

1. A procedência do profeta – Os verdadeiros nós os conhecemos pelo caráter e postura ilibada, mais também pelo cumprimento de suas palavras. Agora, temos aqueles que não sabemos de onde saíram, sem cartas e/ou referências. Aparecem para pregar uma vez no ano e com suas profecias bizarras, arrebatam alguns e destroem serviço de muitos anos.

2. A qualidade da mensagem - À luz de Mt 7.16: “Pelos seus frutos os conhecereis...” teremos melhor chance de ver o que acontece com suas profecias. O que também não pode é em nossos dias, qualquer profeta que seja, anunciar outro evangelho, i.é., trazer profecia doutrinária, acrescentar alguma palavra à Bíblia Sagrada [Gl 1.8]. Nada pode estar acima da Palavra de Deus, a saber, a Bíblia.

3. A pretensão do profeta – O verdadeiro profeta está alinhado, em sintonia com Deus e a Igreja, enquanto o pseudo-profeta tem pretensões particulares e/ou interesses que não agradam a Deus. Visto que não somos onisciente, nos cabe obervar o cumprimento ou não de suas palavras e buscar de Deus espírito de discernimento. Deus nos livre deles.

CONCLUSÃO

Simples, no tempo de Jeremias, Hananias recebeu a sua paga pelas suas mentiras. O povo esperou o cumprimento das duas profecias, tanto a de Hananias quanto a de Jeremias. As de Hananias nunca se cumpriram e ainda morreu pelas suas mentiras e assim cumprindo-se as profecias de Jeremias [Jr 28.15.17].

Também a igreja não pode desprezar as verdadeiras profecias e nem a palavra de Deus [1Ts 5.20-21], velando pelo cumprimento e filtrando tudo pela palavra de Deus.

F. A. Netto                                                                                             Soli Deo Glória

1. BEVERE, John. Assim Diz o Senhor? Como saber quando Deus está falando através de outra pessoa. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2006;
2. MERRILL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2001;
3. Revista Ensinador Cristão. CPAD, Nº 42, P.39;
4. GOWER, Ralph Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos. Rio de Janeiro, CPAD, 2002, pp.367-369;
5- Bíblia de Estudo Plenitude. São Paulo. Ed. Sbb, 200;
6- Cf. ARCHER, Gleason L. Merece confiança o Antigo Testamento? São Paulo: Vida Nova, 1984, p. 298;
7- MACARTHUR, JR., John. Ministério Pastoral, Alcançando a excelência no ministério cristão. Rio de Janeiro. CPAD;
8- GONÇALVES, José. As ovelhas também Gemem. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2006, pp. 42-3

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